Origem
A Escola Dominical nasceu na Inglaterra, em 1780. Em Gloucester, uma cidade não muito distante de Londres, residia o jornalista Robert Raikes, 44 anos, proprietário do Gloucester Journal, fundado por seu pai.
Nessa época a situação moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas.
Para esses meninos, Raikes teve a idéia de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas da educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro-texto.
Assim, em 20 de julho de 1780, nasceu a escola dominical. A idéia se espalhou por todo o país. João Wesley deu total apoio ao movimento. Em 1875 organizou-se em Londres a Sociedade para Promoção das Escolas Dominicais nos Domingos Britânicos. No ano seguinte havia 200 mil crianças matriculadas.
A Escola Dominical no Brasil
A Igreja Metodista trouxe a Escola Dominical para o Brasil. Em 1836, o Rev. Justin Spaulding organizou no Rio de Janeiro, entre estrangeiros, uma congregação com cerca de 40 pessoas e em junho abriu uma Escola Dominical com 30 alunos, dos quais alguns eram brasileiros, ensinados na sua própria língua.Mas o espírito de Raikes, em criar um “instituto bíblico infantil”, somente surgiu dezenove anos mais tarde, através do casal de missionários escoceses independentes, Robert e Sarah Kalley.
Eles são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram aquela que é considerada a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não foi grande: apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país.
Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Evangélica Fluminense, marco da Igrejas Evangélicas Congregacionais no Brasil.
Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio (Colégio Opção, R. Casemiro de Abreu - segundo informações da Igreja Congregacional de Petrópolis). Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.
A História da Escola biblica Quadrangular
A Escola Bíblica Quadrangular existe na Igreja do Evangelho Quadrangular desde a sua fundação, em 15 de novembro de 1951. Mas, talvez em razão do próprio nome, durante muito tempo a maioria dos freqüentadores era composta de crianças até doze anos de idade.
Foi uma jovem missionária, professora de uma faculdade do Sul da Califórnia, a grande responsável por mudar esse conceito que permanecia na cabeça dos quadrangulares brasileiros. Seu nome era Lucille Marie Jonhson. Ela foi enviada para auxiliar a igreja na área do ensino.
Deixou sua família, seu país e o cargo que ocupava na faculdade em Los Angeles e veio para o Brasil no ano de 1959. Foi professora do I.T.Q., lecionando as matérias de Música e Regência, Doutrina do Espírito Santo, Vida Cristã e Organização e Administração da Escola Quadrangular.
Lucille foi uma grande incentivadora também da criação das Revistas Luz do Evangelho, publicadas pela editora Betânia, e de sua utilização em nossas escolas dominicais (naquela época não tínhamos nossas próprias revistas).
Como fora criada participando da Escola Quadrangular, Dona Marie (como era conhecida pelos brasileiros) sabia do seu valor na formação de cristãos com caráter forte, sabia também que não era somente a criança que necessitava ser ensinada, mas também os jovens e os adultos, e que para atingir esse objetivo seria preciso quebrar tabus e conceitos errados no meio do povo.
Esse era um trabalho para ser feito na direção e no poder do Espírito Santo. E com esta direção ela realizou ao longo dos anos outros trabalhos como: acampamentos para crianças, escolas bíblicas de férias, cruzadas infantis, corais e conjuntos na área do louvor. Era uma musicista, quer cantando ou tocando seu piano. No ano de 1973 organizou um coral jovem de 220 vozes na igreja sede, em São Paulo, denominado Batalhão Quadrangular.
Essa valorosa serva de Deus fez a diferença na E.B.D. da Igreja do Evangelho Quadrangular. Sua dedicação seu amor ao ensino atraiu muitos fieis seguidores, que não apenas seguiram seus passos enquanto ela estava entre nós, mas que seguem fiéis até hoje a esta premissa de que devemos “ensinar palavra de Deus de maneira clara e pratica tanto para criança como ao jovem ou ao adulto, e que a Escola Quadrangular é a espinha dorsal da Igreja, pois é nela que se forma o caráter de cristãos fortes e convictos na palavra e na fé.
Como os demais grupos da Igreja do Evangelho Quadrangular, até o ano de 1963 a escola só tinha Coordenadores locais e regionais. Foi só no ano de 1963 que se nomeou a primeira Coordenação Nacional, e esse cargo foi ocupado pela missionária Lucille Marie Jonhson e por ela exercido até agosto de 1974, quando o Senhor a recolheu.
Foi então nomeada como Coordenadora Nacional das Escolas Dominicais a pastora Edna Luiza Brandolis. Em 1977 foi nomeado o Pr. Gary Royer, missionário enviado ao Brasil pela igreja internacional, que aqui permaneceu ate 1979.
Seu sucessor foi o Pr. César Augusto dos Santos. O pastor César foi auxiliar na igreja sede em São Paulo, indo depois para Campinas e posteriormente para Curitiba. Ele é casado com a Pra Elizabeth Pereira dos Santos e tem duas filhas, Lílian e Cristina.
Engenheiro, professor universitário, professor do I.T.Q. e pastor auxiliar em Curitiba, ele foi o responsável por termos alcançado a meta de produzir e imprimir nossas próprias revistas da E.B.D. Tem feito um excelente trabalho na área de ensino na Igreja do Evangelho Quadrangular, além de, como engenheiro, ter abençoado diversas de nossas igrejas com seu trabalho profissional.
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